Categories: Noticias Ambientales
      Date: Jan 25, 2015
     Title: Portugal: Poluente ozono troposférico excedeu limite em 25 dias de 2013

Portugal ultrapassou em 2013 durante 25 dias o limite máximo do poluente ozono troposférico a partir do qual é obrigatória a informação ao público, tendo o norte de Lisboa dominado este período, segundo a Agência Portuguesa do Ambiente.



O Relatório do Estado do Ambiente 2014, divulgado no site da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), refere que os dados recolhidos nas 46 estações que monitorizam este poluente apontam para um aumento relativamente a 2012, quando tinham sido detetados 16 dias em excedência.

A aglomeração de AML (Área Metropolitana de Lisboa) Norte teve o maior número de dias a exceder o limiar de informação ao público, com 12 dias, substituindo o Interior Norte, que no ano anterior tinha registado oito dias.

A APA salienta ainda que se verificou uma subida do número de zonas onde o limiar de informação ao público foi excedido, ou seja, 12 zonas em 2013, depois das sete de 2012.

O ozono troposférico é formado por reações químicas entre gases, como os óxidos de azoto, na presença da radiação solar, sendo um poluente típico do verão, principalmente em situações de estabilidade da atmosfera associada a calor, e pode causar inflamação dos pulmões e brônquios, com potenciais implicações ao nível da capacidade cardiovascular e pulmonar.

Quanto às emissões de gases com efeito de estufa, sem o setor florestal, o relatório refere a estimativa de cerca de 69 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente em 2012, o que representa um crescimento de 13,1% relativamente a 1990, abaixo do limite estipulado no protocolo de Quito, (27% entre 2008 e 2012).

O dióxido de carbono foi o principal responsável, com 73,2% do total de emissões, e a energia o setor com mais emissões, atingindo 69,7%.

Em 2012, Portugal teve uma das mais baixas capitações na União Europeia, com 6,52 toneladas de dióxido de carbono por habitante, quando a média na UE foi de 8,98 toneladas.

Na contabilização das emissões de substâncias acidificantes e eutrofizantes, a APA aponta que os valores de dióxido de enxofre, óxidos de azoto e amoníaco foram, em 2012, inferiores às metas impostas pelo protocolo de Gotemburgo e pela diretiva comunitária para estes poluentes, sendo a agricultura e os transportes os setores que mais contribuíram.

Em termos de índice da qualidade do ar, em 2013, o número de dias com classificação "fraco" e "mau" desceu para 2,4% (contra 3,5% em 2012) tal como os dias com "muito bom" e "bom", que passaram de 83,5% para 82,3%.

Assim, ocorreram 140 registos de dias com qualidade do ar "fraca" ou "má" e 905 com "média".

O índice de qualidade do ar, medido nas estações de rede de monitorização, traduz a qualidade do ar em Portugal, no qual são considerados poluentes como o dióxido de azoto, o ozono e as partículas inaláveis com diâmetro inferior a 10 micrómetros.

Fonte: http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=799642&tm=8&layout=121&visual=49