Categories: Noticias Ambientales Date: Nov 5, 2018 Title: Nova bateria criada no MIT pode dar carga a aviões elétricos que não poluem
Viagens aéreas são responsáveis por cerca de 2% das emissões globais de dióxido de carbono
Para criar carros menos poluentes, várias empresas já trabalham com os elétricos e híbridos. Na geração de energia elétrica, já há usinas solares e eólicas. Mas um dos grandes desafios do quebra-cabeça climático sãs as viagens aéreas. Eliminar a emissão de gases de efeito estufa de aviões poderia ter um grande efeito: as viagens aéreas são responsáveis por cerca de 2% das emissões globais de dióxido de carbono.
Pesquisadores do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) estão trabalhando para mudar isso. Yet-Ming Chiang, professor de ciência de materiais e empreendedor, passou grande parte de sua carreira estudando baterias. Ao lado de seu colega, Venkat Viswanathan, professor assistente de engenharia mecânica na Carnegie Mellon, ele estuda como melhorar a eficiência do armazenamento de energia.
Se a tecnologia que eles estão desenvolvendo funcionar da maneira esperada, voos regionais não queimarão tanto combustível nem emitirão tantos poluentes.
Viswanathan e Chiang colaboram com a 24M, fabricante de baterias de íons de lítio que Chiang fundou em 2010, e a Zunum Aero, uma startup de aeronaves, para desenvolver e testar protótipos especificamente projetados para as necessidades de um avião híbrido.
Ainda há poucas alternativas para o transporte aéreo sustentável. Apesar de mais de uma dezena de empresas, incluindo Embraer, Uber, Airbus e Boeing, pesquisarem pequenas aeronaves elétricas, o foco normalmente são veículos para um ou dois passageiros. Isso criaria o equivalente a táxis voadores, com autonomia de cerca de 160 quilômetros.
A esperança é esses veículos — na maioria dos casos, previstos como aeronaves de pouso e decolagem verticais autônomas — aliviarem o congestionamento e reduzir as emissões dos carros. Mas não substituirem as viagens aéreas.
Viswanathan e Chiang estão apostando mais alto. O plano inicial é desenvolver uma bateria para alimentar um avião de 12 pessoas, com 644 quilômetros de alcance — o suficiente para fazer viagens de Nova York a Washington, nos EUA, ou do Rio a São Paulo. Em uma segunda fase, esperam habilitar um avião elétrico capaz de transportar 50 pessoas.
Apesar de elétricos, esses aviões ainda seriam equipados com um motor de combustão e transportariam combustível. Mas se deve ao "requerimento de reserva" da US Federal Aviation Administration, que instrui as aeronaves a transportar o suficiente para pousar em um aeroporto a 322 km do destino pretendido. Em condições normais, as aeronaves iriam da decolagem ao pouso sem emitir fumaça.