Categories: Noticias Ambientales Date: Mai 30, 2015 Title: São Paulo respirou 12,1% de 2014 níveis inadequados de ozônio
Da extensa lista de poluentes atmosféricos relacionados ao trânsito pesado na Grande São Paulo, um em especial tem acionado o sinal de alerta dos orgãos ambientais: o ozônio.
Em 2014, os paulistas ficaram mais de um mês - exatos 43 dias (12,1% dos dias do ano), respirando o poluente em níveis inadequados, acima do padrão diário de 140 microgramas por metro cúbico (µg/m3). É um dos piores índices dos últimos dez anos.
Detalhe: em cinco dias o nível de atenção, considerado de qualidade "péssima" (acima de 400 µg/m3) foi atingido.
Os dados constam no Plano de Controle de Poluição Veicular 2014-2016, aprovado em dezembro do ano passado pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente e no Relatório de Qualidade do Ar de 2014.
Ameaça imperceptível a olho nu, o ozônio não é emitido diretamente no ar, mas resulta de uma reação química, na presença da luz solar, envolvendo substâncias primárias como o dióxido de nitrogênio e compostos orgânicos voláteis, como os hidrocarbonetos, poluentes liberados principalmente por automóveis.
Seus impactos na saúde incluem agravamento de crises de asmas, rinites, sinusites, amidalites e bronquites. No meio ambiente, o ozônio em altas concentrações pode provocar danos às colheitas, à vegetação natural, plantações agrícolas e plantas ornamentais.
Para alcançar a meta de ozônio considerada segura pelos padrões de qualidade, a Região Metropolitana de São Paulo precisa reduzir a emissão da sua frota de automóveis. Na prática, seria necessário cortar cerca de 3,3 milhões de viagens por dia (26% do total de viagens) segundo cálculos do Plano de Controle de Poluição.
Veja abaixo um quadro ilustrativo dos principais episódios de altas concentrações de ozônio ocorridos em 2014 no Estado:
Uma das justificativas para o aumento da poluição por ozônio em 2014, segundo o relatório, foram as condições meteorológicas, como ausência de chuvas e maior incidência de radiação solar durante a primavera e o verão, que propiciaram condições para a formação de altas concentrações deste poluente.
O aumento da frota também contribui para a piora da qualidade do ar. Apenas na capital, 186 mil carros e 45 mil motos foram acrescentados à frota em 2014, segundo o Detran.