Ernst Ulrich von Weizsacker, co-presidente do Painel de Recurso Internacional, disse à Xinhua em uma entrevista exclusiva que a poluição do ar também foi um problema para a Alemanha nos anos 1960.
Depois disto, regras rigorosas de qualidade do ar foram adotadas em muitas cidades, forçando as usinas movidas a carvão, fábricas de ferro e outras indústrias a reduzir as emissões de poluentes.
"Eu acredito que a dependência de carvão da China está aproximadamente no mesmo nível que estava na Alemanha nos anos 1960. Na Alemanha, demorou talvez uns 20 anos (para se ajustar de um modelo muito dependente de carvão), e isto também é factível para a China", disse Weizsacker.
Ao mesmo tempo, ele disse que ficou impressionado com a determinação da China em aumentar a eficiência de energia e combater a poluição do ar nos próximos anos.
Até 2020, energia de combustível não fóssil responderá por 15% do consumo total de energia primária da China, e a emissão de dióxido de carbono por unidade do PIB cairá para 40%, de 45% do nível de 2005, prometeu o governo.
A China está sendo afetada por graves fumaças, que atingiram seu pico desde 2012. No último mês, o primeiro-ministro Li Keqiang descreveu a poluição do ar como "alerta de cor vermelho da natureza contra o modelo de desenvolvimento ineficiente e cego", dizendo que a China "declara guerra" contra a poluição.
Weizsacker está em Boao, cidade na Província de Hainan, sul da China, para assistir à Conferência Anual do Fórum de Boao para a Ásia, programada de terça-feira a sexta-feira, com um tema "Novo futuro da Ásia: Identificar novos motores de crescimento".
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