Categories: Noticias Ambientales
      Date: Mar 17, 2017
     Title: Alemanha: Universidade de Bremen é pioneira no mapeamento da poluição atmosférica

Certamente já usou uma aplicação no telemóvel para consultar a previsão meteorológica. Hoje, graças a uma rede de satélites e estações terrestres, é possível obter informações sobre poluição em várias cidades no seu telemóvel.

 



O jornalista Claudio Rosmino reporta-nos como a Universidade de Bremen, está a recolher esta variedade de dados para chegar a uma visão global da poluição atmosférica.*

A atmosfera terrestre é um sistema complicado que depende de vários factores. Os satélites de observação que orbitam à volta do planeta monitorizam constantemente o estado do ar que inalamos e o modo como é afectado pela poluição natural e pela de origem humana.

Uma missão essencial uma vez que, segundo dados recentes da Organização Mundial de Saúde, uma em cada oito mortes a nível mundial se deve à poluição do ar.

Os investigadores da Universidade de Bremen são pioneiros na medição da poluição atmosférica cruzando os dados obtidos no espaço e os valores colhidos em estações terrestres.

“Medições feitas no espaço são essenciais porque nos dão uma visão global, do geral até à escala local, que nos diz o que a meteorologia e a química atmosférica estão a fazer às nossas emissões.
O sistema de ventos move-se e a certa altura do ano a Europa está a ventilar para as regiões do Árctico. Do mesmo modo, nós recebemos na Europa, no Verão, poluição vinda da América. Temos de perceber a origem, os chamados fluxos de superfície, as emissões… também temos de perceber a química atmosférica e a física que permitem que a poluição se espalhe à volta do globo terrestre”, explica à euronews John Philip Burrows, Professor de Física da atmosfera e dos oceanos na Universidade de Bremen.

Para detectar cada uma das peças do puzzle químico que compõem a nossa atmosfera, os cientistas usam dados colhidos por espectrómetros, análises a aerossóis (pequenas partículas de um líquido ou sólido em suspensão no ar na forma de um gás) e medições por satélite, como as que nos chegam do programa Copernicus, da Agência Espacial Europeia, com recurso aos instrumentos orbitais GOME 1, GOME 2 e SCIAMACHY, mais as próximas missões Sentinel 4 e 5.

No observatório de Bremen, sobre o telhado da universidade, a luz solar é decomposta nas suas radiações básicas e analisada para encontrar vestígios de poluentes.

Justus Notholt, Professor de detecção remota na Universidade de Bremen, mostra à euronews algum do seu trabalho: “Pode dizer-se que cada molécula tem a sua impressão digital no espectro. A quantidade de informação é avassaladora. Estas linhas representam o dióxido de carbono (CO2), o CO2 na atmosfera absorvido pela luz solar.”

 

Fonte: http://pt.euronews.com/2017/03/16/universidade-de-bremen-e-pioneira-no-mapeamento-da-poluicao-atmosferica