Categories: Noticias Ambientales Date: Mai 5, 2017 Title: Financiamento de iniciativas contra as mudanças climáticas é tema de encontro de empresas do Pacto Global
Como o setor privado pode participar da luta contra as mudanças climáticas? Para responder à pergunta, a Rede Brasil do Pacto Global da ONU reuniu especialistas e representantes de empresas na sede da Schneider Electric, em São Paulo, para o primeiro workshop “Diálogos de Financiamento Climático”. Realizado em 25 de abri, encontro discutiu métodos para angariar fundos e investi-los em meios de produção sustentáveis.
João Lampreia abordou critérios envolvidos na solicitação de fundos para adaptar cadeias produtivas.
Foto: Rede Brasil do Pacto Global/Mariana Martinato
Como o setor privado pode participar da luta contra as mudanças climáticas? Para responder à pergunta, a Rede Brasil do Pacto Global da ONU reuniu especialistas e representantes de empresas na sede da Schneider Electric, em São Paulo, para o primeiro workshop “Diálogos de Financiamento Climático”. Realizado em 25 de abri, encontro discutiu métodos para angariar fundos e investi-los em meios de produção sustentáveis.
Como o setor privado pode
Como o setor privado pode participar da luta contra as mudanças climáticas? Para responder à pergunta, a Rede Brasil do Pacto Global da ONU reuniu especialistas e representantes de empresas na sede da Schneider Electric, em São Paulo, para o primeiro workshop “Diálogos de Financiamento Climático”. Realizado em 25 de abri, encontro discutiu métodos para angariar fundos e investi-los em meios de produção sustentáveis.
Gerente da Carbon Trust – organização independente e sem fins lucrativos que tem como missão acelerar a transição para uma economia com baixas emissões de carbono – no Brasil, João Lampreia explicou que as fontes de financiamento são variadas. “Elas vão desde empréstimos, equity (participação nas empresas) e até doações. Apesar da vasta disponibilidade de recursos, os critérios para consegui-los são complexos.
“É feita a análise do perfil da organização e alinhamento com a agenda de desenvolvimento, bem como o nível de transparência do parceiro. Além disso, é preciso observar as prioridades temáticas de cada fundo, com base em linhas de intervenção”, acrescentou Lampreia.
Sobre os projetos, o representante da Carbon Trust comentou que propostas precisam explicitar a relevância e a aplicabilidade da solução sugerida, assim como as linhas de atuação, produtos e impactos esperados.
“No caso dos fundos internacionais como os climate funds, os critérios passam pelo alinhamento à INDC (Contribuição Nacionalmente Determinada Pretendida) do país, impacto em adaptação ou mitigação, efeito transformacional no longo prazo e envolvimento do governo local”, disse Lampreia.
Segundo o especialista, até 2014 haviam sido mapeados 485 milhões de dólares em fontes de financiamento climático.
“O Brasil está atrasado em relação às propostas para fundos climáticos, o que significa uma grande oportunidade de buscar recursos para projetos na área. O Pacto Global, juntamente com o Cebds, tem o papel de articuladores dessa discussão”, comentou a Secretária Executiva da Rede Brasil do Pacto Global, Beatriz Martins Carneiro.
Outro participante do evento foi Fernando Eliezer Figueiredo, presidente da Câmara Temática de Clima no Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), organismo que também apoiou o workshop. O dirigente destacou a importância dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS) para alavancar iniciativas que contribuam para a mitigação das mudanças climáticas.
“Empresas e setores estão olhando os ODS para ver como colaborar e como fazer a cocriação de soluções inovadoras e de baixo carbono”, disse.
Também presente, a secretária-executiva do Pacto Global no Brasil, Beatriz Martins Carneiro, alertou que “o Brasil está atrasado em relação às propostas para fundos climáticos”. O cenário, porém, pode ser positivo, pois a atual conjuntura “significa uma grande oportunidade de buscar recursos para projetos na área”.
Com previsão de mais três encontros ao longo de 2017, a série de workshops reunirá instituições financeiras e empresas interessadas, criando um ambiente de troca de informações. O programa “Diálogos de Financiamento Climático” resultará em uma publicação final com as principais temáticas discutidas. Com isso, a Rede Brasil do Pacto Global espera que os conteúdos possam guiar e facilitar o acesso das empresas às fontes de financiamento. O GT de Energia e Clima do Pacto é coordenado pela CPFL Energia.