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O custo das catástrofes associadas às mudanças climáticas, como furacões, secas e incêndios florestais, pode aumentar 35 bilhões de dólares por ano até 2050, adverte um organismo do Congresso americano.
O relatório do gabinete de prestação de contas governamental (Government Accountability Office, GAO) cita uma avaliação de novembro de 2016 que revelou que os impactos das mudanças climáticas podem aumentar o gasto do governo federal entre 12 bilhões e 35 bilhões de dólares por ano até 2050 e entre 34 bilhões e 112 bilhões de dólares até o fim do século.
O texto indica que os Estados Unidos gastaram mais de 350 bilhões de dólares na última década em programas de ajuda às vítimas de desastres naturais.
Este valor não inclui os prejuízos causados neste ano por três potentes furacões e pelos recentes incêndios florestais na Califórnia, cujos danos são avaliados em mais de 300 bilhões de dólares.
Segundo o organismo encarregado das auditorias e do controle do orçamento federal, o impacto financeiro das mudanças climáticas só aumenta, e é necessário implementar uma estratégia para minimizar os efeitos.
"O governo federal não tem planos estratégicos na escala das instituições públicas para administrar os riscos inerentes às mudanças climáticas, identificar os riscos mais significativos e elaborar respostas adequadas", diz o relatório.
O presidente americano, Donald Trump, decidiu retirar o país do Acordo de Paris sobre o clima, desfez as diretrizes da administração de seu antecessor, Barack Obama, destinadas a preparar as agências federais para lidar com o aumento das temperaturas e reduziu o orçamento da Agência de Proteção Ambiental (EPA, em inglês), dedicada a pesquisas sobre as mudanças climáticas.
A GAO elaborou este relatório a pedido da senadora republicana do Maine (nordeste) Susan Collins e de sua colega democrata Maria Cantwell, de Washington.
"Nosso governo não pode se permitir gastar mais de 300 bilhões de dólares por ano em resposta a eventos meteorológicos extremos", indicou Collins nesta terça-feira.
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