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Out 26, 2017

Desmatamento faz emissão de gás do efeito estufa subir 8,9% no Brasil


Por Daniela Chiaretti | Valor

SÃO PAULO  -  As emissões nacionais de gases do efeito estufa subiram 8,9% em 2016 em relação ao ano anterior. Foi o segundo ano consecutivo de crescimento e aconteceu durante a crise econômica, puxado pelo aumento do desmatamento. É o nível mais alto desde 2008.

O Brasil emitiu, em 2016, um total de 2,278 bilhões de toneladas brutas de gás carbônico equivalente (CO2e) em comparação a 2,091 bilhões em 2015. Isso significa 3,4% do total mundial de gases-estufa emitidos. O país continua em sétimo no ranking dos maiores poluidores.

Os dados fazem parte da nova edição do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), divulgada nesta quarta-feira (25) em São Paulo.

Em 2015 e 2016, a elevação acumulada das emissões foi de 12,3%. O Produto Interno Bruto (PIB), contudo, recuou 3,8% em 2015 e 3,6% em 2016, diz Tasso Azevedo, coordenador técnico do SEEG. "Estamos indo na contramão", afirma.

"Esse aumento das emissões brasileiras no ano passado é a pior notícia que o Brasil podia trazer para o clima", diz Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima, rede de 40 ONGs que tratam da questão climática e edita o SEEG. "E isso durante uma das piores recessões econômicas da nossa história. As emissões aumentaram porque destruímos mais florestas e não se gerou qualquer benefício econômico para o país em função disso", continua.

A alta das emissões corresponde à taxa de aumento do desmatamento da Amazônia em 2016, de 27%. As emissões correspondentes à mudança no uso da terra cresceram 23% no ano passado e foram 51% do total de gases-estufa que o Brasil emitiu no período.

As emissões da agropecuária também avançaram - 1,7%. Os outros setores da economia tiveram queda - 7,3% em energia, 5,9% em processos industriais e 0,7% em resíduos. "São setores bastante afetados pela economia", diz Azevedo.

Contudo, a atividade agropecuária é o segmento econômico que, de longe, é o principal responsável pelas emissões de gases de efeito estufa no país: 74% das emissões nacionais em 2016, somando emissões diretas da agropecuária (22%) e as emissões por mudança do uso da terra (51%), diz a nota do OC. "Se fosse um país, o agronegócio brasileiro seria o oitavo maior poluidor do planeta, com emissões brutas de 1,6 bilhão de toneladas, acima do Japão, com 1,3 bilhão", continua a nota.

O caso específico da pecuária é curioso. Com a crise, caiu o consumo de carne e aumentou o de frango e porco. Mas com a queda do consumo de carne, aumentou o rebanho. "A queda no abate fez com que mais animais ficassem no pasto, mais velhos, e isso contribui com o aumento de emissões", diz Azevedo.

"As emissões ligadas à agropecuária sempre representaram 70% ou mais das emissões totais do Brasil, mas podem chegar a zero com decisões nossas", diz Azevedo. A conta soma as próprias emissões do setor com as referentes ao desmatamento causado pela agricultura e pecuária, transporte de carga e resíduos. A chave seria zerar o desmatamento e aplicar as técnicas da agricultura de baixo carbono para toda a agropecuária, dando mais renda para o produtor e menor risco de queimadas. "O maior desafio nosso no combate à mudança do clima é também nossa maior oportunidade", diz Azevedo.

"Preocupa muito este cenário em um momento de tantos retrocessos em que vemos o meio ambiente virar moeda de troca do presidente da República por votos do Congresso Nacional, para protegê-lo de investigações", continua Rittl.

O quadro tem o agravante dos incêndios florestais que ocorrem em várias partes do país com muita intensidade. "O cenário adiante para 2017 e 2018 não é positivo", continua Rittl, que diz que mesmo com a queda do desmatamento este ano (de 16% entre agosto de 2016 e julho de 2017), o Brasil está fora da meta para 2020. "Estamos fora do trilho da nossa política nacional climática e deveríamos estar avançando também em relação aos compromissos assumidos no Acordo de Paris", diz.

A intensidade de carbono da economia - que relaciona o total emitido de gases do efeito estufa por unidade de PIB gerada -, cresceu 13% em 2016, na direção oposta à das grandes economias, em que a intensidade de carbono vem caindo.

Em energia, (para indústria, transportes e energia elétrica) a queda de 7,3% se explica pela retração da economia e pelo aumento das energias renováveis na matriz. A maior parte das emissões do setor está relacionada ao transporte (48%). As emissões do setor elétrico caíram 30%, a maior desde 1970, onde começam os dados do SEEG.Isso ocorreu pelo menor uso das termelétricas fósseis (o aumento das chuvas no ano passado aumentou o nível dos reservatórios), mais energia eólica e a desaceleração da economia.

 

Fonte: http://www.valor.com.br/brasil/5169346/desmatamento-faz-emissao-de-gas-do-efeito-estufa-subir-89-no-brasil



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