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Dez 6, 2017

Poluição do ar pode ‘anular’ benefícios de atividade física para idosos


Estudo feito nas ruas de Londres reforça importância de controlar emissões veiculares, mas especialistas destacam que ainda é melhor se exercitar do que ficar parado

Programa da Prefeitura de Vila Velha incentiva atividades físicas para idosos no Espírito Santo (Foto: Divulgação/SECOM ES)
PROGRAMA DA PREFEITURA DE VILA VELHA INCENTIVA ATIVIDADES FÍSICAS PARA IDOSOS NO ESPÍRITO SANTO
(FOTO: DIVULGAÇÃO/SECOM ES)

A atividade física regular, como andar, é apontada como uma importante e eficaz medida de prevenção de doenças cardiovasculares e pulmonares, em especial para os idosos. Mas fazer suas caminhadas em meio à poluição das grandes cidades pode reduzir, ou mesmo anular, os benefícios do exercício para a saúde, o que torna ainda mais importante controlar e reduzir as emissões veiculares, alerta estudo publicado nesta terça-feira no periódico científico médico “The Lancet”.

Na pesquisa, os cientistas liderados por Fan Chung, do Imperial College London, compararam o impacto na saúde de uma caminhada eventual na movimentada, e poluída, Oxford Street, no Centro de Londres, e numa das principais áreas verdes da capital britânica, o famoso Hyde Park. Segundo eles, o estudo comprovou que mesmo uma breve exposição a altos níveis de poluição atmosférica foi associada a endurecimento das artérias e pioras na função pulmonar, o que contrabalançaria os efeitos positivos esperados da atividade física, num fenômeno que se mostrou ainda mais evidente em pessoas que já tinham problemas pulmonares prévios.

"Nossos achados indicam que em ruas congestionadas com tráfego, como a londrina Oxford Street, os benefícios à saúde de andar nem sempre compensa o risco da poluição", diz Chung. - Esta descoberta é importante porque frequentemente para muitas pessoas, como idosos e aquelas com doenças crônicas, caminhar é o único exercício que podem fazer.

Para o estudo, os cientistas recrutaram 119 voluntários com mais de 60 anos, dos quais 40 sofriam com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) clinicamente estável há pelo menos seis meses, 39 com doença isquêmica do coração também clinicamente estável por um mínimo de seis meses e 40 considerados saudáveis. Todos passaram por exames prévios para determinar alguns parâmetros básicos de seu estado de saúde relacionados à capacidade pulmonar e circulatória.

Depois, os voluntários foram sorteados para ou caminhar por duas horas no extremo Oeste da Oxford Street, onde só circulam ônibus e táxis movidos a diesel, ou numa área livre de tráfego no Hyde Park. Durante a atividade, após e no dia seguinte, os participantes tiveram os mesmos parâmetros de saúde novamente avaliados, experiência que foi repetida três a oito semanas depois invertendo o local da caminhada, isto é, quem andou no parque foi para a rua e quem andou na rua foi para o parque. Os cientistas também mediram as concentrações de alguns poluentes atmosféricos – fuligem, material particulado, partículas ultrafinas e dióxido de nitrogênio - nos dois locais nos dias dos experimentos.

Segundo os pesquisadores, todos grupos de voluntários apresentaram melhorias nas funções pulmonar e circulatória após andarem no relativamente menos poluído Hyde Park. Estes benefícios do exercício, no entanto, foram grandemente atenuados, ou mesmo revertidos, na caminhada pela Oxford Street.

Os pacientes de DPOC, por exemplo, tiveram um estreitamento das vias respiratórias que se traduziu em uma piora de sintomas como tosse, espirros e falta de ar que foi associada a uma maior exposição à fuligem e ao material particulado na rua poluída, enquanto os demais participantes praticamente não melhoraram ou pioraram os indicadores pulmonares por terem andado lá. Já com relação aos parâmetros circulatórios relacionados ao endurecimento das artérias, todos grupos não só não tiveram benefícios como sofreram prejuízos com a caminhada pela Oxford Street, com exceção dos pacientes de doença isquêmica do coração que estavam tomando medicamentos justamente para combater este processo.

O estudo, no entanto, não levou em conta se os voluntários tinham por hábito fazer caminhadas nem onde ou com que frequência, focando-se nos efeitos de apenas dois períodos de atividade isolados em diferentes momentos e lugares, destaca o médico patologista Paulo Saldivia, professor da Faculdade de Medicina da USP, onde se dedica justamente a pesquisar os efeitos da poluição atmosférica na saúde humana. Segundo ele, outros estudos demonstraram que com a prática regular o organismo acaba de certa forma se adaptando a essas condições ruins, extraindo alguns benefícios mesmo quando os exercícios são feitos sob elas.

"O estudo está certo ao apontar que pessoas que não têm o hábito de se exercitarem terão um prejuízo agudo ao se exporem à agressão de um ambiente poluído", diz ele, que experimenta na pele o fenômeno pelo costume de circular de bicicleta pelas ruas de São Paulo. "Mas se elas têm o hábito de caminharem, o benefício dos exercícios supera os malefícios da poluição, com mecanismos adaptativos entrando em ação. Assim, continua sendo melhor praticar exercícios do que não fazer nada mesmo em uma cidade poluída, claro desde que a situação de qualidade do ar não seja extrema, mas, se puder, se afaste das avenidas e grandes vias de tráfego de forma a maximizar os benefícios e reduzir os malefícios. O pior cenário é ficar sentado dentro do carro em um congestionamento, respirando os poluentes e sendo sedentário".

A recomendação de Saldivia ecoa a do próprio Fan Chung, líder do estudo:

"Nossos achados não devem ser vistos como uma barreira para muitos idosos para quem caminhar é o único exercício que fazem. Mas sugerimos que, quando possível, andem em parques e outras áreas verdes, longe de ruas movimentadas."

 

Fonte:http://epocanegocios.globo.com/Mundo/noticia/2017/12/poluicao-do-ar-pode-anular-beneficios-de-atividade-fisica-para-idosos.html



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