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Cientistas estudaram fósseis de pequenos vertebrados para entender mudanças climáticas que ocorreram após uma grande extinção em massa
Há 252 milhões de anos, durante o fim do período Permiano e começo do Triássico, ocorreu uma extinção em massa de cerca de 95% de todas as espécies marinhas e de 70% dos animais dos continentes. Cientistas da Austrália e da China estudaram microfósseis, para mapear o período, conhecido como “A Grande Agonia”, e entender situações de aquecimento global e mudanças climáticas extremas que ocorreram no passado.
Os pesquisadores se concentraram em estudar as variações de tamanho dos conodonta, animais de uma classe de vertebrados primitivos. Fósseis maiores ou menores indicaram para os cientistas como foi o impacto geológico das mudanças climáticas daquela época. Com essas estruturas, os arqueólogos conseguemiram estimar a que temperatura as rochas chegaram.
“Os conodonta são achados em abundância em rochas marinhas sedimentares”, afirma em comunicado, Ian Metcalfe, pesquisador da Universidade de Nova Inglaterra. “Isso que os faz o melhor grupo de fósseis para nos ajudar a datar o paleozóico e o triássico”.
Graças aos fósseis desses vertebrados, os pesquisadores detectaram mudanças drásticas nas temperaturas globais durante os primeiros cinco anos do período triássico. De acordo com os achados, as médias eram bem altas e o calor podia chegar até os 37 ºC.
Isso ajuda não só a entender as mudanças climáticas que ocorreram há milhões de anos, mas também serve para achar informações sobre níveis de maturação termal das rochas – dados valiosos para as indústrias que exploram hidrocarbonetos, como a do petróleo.
Os estudiosos acreditam que esses vertebrados marinhos sejam ancestrais dos Myxini, uma classe de peixes marinhos, em forma de enguia, conhecidos como peixes-bruxas. Os conodonta podem ter contribuído, no passado, para o surgimento de outros vertebrados - como nós humanos.
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