TROPOSFERA CONSULTORÍA AMBIENTAL
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Se não chover até o fim do mês, Goiânia baterá recorde de estiagem dos últimos cinquenta anos
Capital do Estado já registra 129 dias sem chuva, mas a previsão, segundo o Inmet, é que ela chegue ainda nesta semana
Nesta terça-feira, 24, Goiânia chega à marca de 129 dias sem chuva, ou seja, faz pouco mais de quatro meses que a cidade está em período de estiagem. Segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), a última precipitação foi registrada no dia 19 de maio.
Para o doutor em geografia e pesquisador na área de climatologia, Diego Tarley Ferreira Nascimento, apesar de preocupante, essa é uma situação recorrente em nossa condição climática. Ele explica que o clima de Goiás é considerado como sendo um clima tropical quente e semi-úmido, com uma sazonalidade bem marcante, que é um período chuvoso que vai de outubro a abril, alternado a um período de estiagem, de maio a setembro.
“Os sete meses chuvosos concentram cerca de 93% (1.522,8mm) do que chove ao longo de todo o ano (1.633,5mm). Por conseguinte, o período de estiagem representa apenas 7% do acumulado anual de chuvas”, pontua o especialista.
O recorde de estiagem, até o momento, ocorreu no ano de 1961, quando a capital passou por 156 dias sem chuvas, entre os dias 11 de maio e 13 de outubro. Até esta terça-feira, 24, estamos empatados com ano de 2017, e, caso não chova até o fim do mês, Goiânia baterá o recorde de seca dos últimos 50 anos.
Boa notícia
Segundo Diego, a previsão é que chova em nossa região até o final desta semana. “Segundo o modelo COSMO, do INMET, são previstas chuvas na porção Sul do estado de Goiás a partir das 18h do dia 25, alcançando a região de Goiânia ao final do dia 26”.
O especialista reitera que a precipitação é esperada por conta de uma forte massa de ar de origem polar que está se deslocando para o território brasileiro: “Junto à frente fria, se formará o mecanismo de transporte de umidade da região Amazônica, denominado Zona de Convergência do Atlântico Sul, trazendo consigo a tão esperada chuva”.
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