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Fenômeno foi um dos mais duradouros e profundos desde o início do monitoramento há 40 anos; camada de ozônio está no caminho da recuperação e deve atingir até 2060 os valores que tinha antes da década de 1980.
O buraco de ozônio na Antártida atingiu recordes no ano passado, mas fechou no final de dezembro após uma temporada excepcional. Especialistas dizem que os movimentos ocorreram devido às condições meteorológicas e à presença de substâncias que destroem a camada na atmosfera.
A Organização Meteorológica Mundial, OMM, explicou que o buraco de ozônio esse ano foi o mais duradouro e um dos maiores e mais profundos desde o início do monitoramento da camada de ozônio há 40 anos.
O buraco cresceu rapidamente a partir de meados de agosto e atingiu o ponto máximo, em 20 de setembro, espalhando-se pela maior parte do continente.
O fenômeno foi impulsionado por um vórtice polar forte e temperaturas muito frias na estratosfera. Os mesmos fatores meteorológicos também contribuíram para o buraco recorde de ozônio no Ártico.
Em contraste, em 2019, o buraco tinha sido pequeno e de curta duração. A chefe da Divisão de Pesquisa Ambiental Atmosférica da OMM, Oksana Tarasova, disse que uma “ação internacional contínua para fazer cumprir o Protocolo de Montreal sobre os produtos químicos que destroem a camada de ozônio” é necessária.
Segundo ela, “ainda há substâncias danosas da camada de ozônio suficientes na atmosfera para causar a destruição da camada anualmente.”
A cada estação, o surgimento do buraco e sua evolução são monitorados por meio de satélites e uma série de estações terrestres.
O Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio, de 1987, previa medidas para controlar a produção e o consumo global de produtos químicos prejudiciais à camada.
Com base no desenvolvimento científico, o Protocolo definiu o controle de cerca de 100 produtos químicos de diversas categorias.
Desde a sua proibição, a camada de ozônio tem se recuperado lentamente e os dados mostram uma tendência de diminuição da área do buraco de ozônio, sujeita a variações anuais.
A última avaliação da OMM, emitida em 2018, concluiu que a camada de ozônio está no caminho da recuperação.
Até 2060, a atmosfera deve retornar aos valores do ozônio sobre a Antártida, no patamar anterior aos anos de 1980.
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