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Fenômeno traz consequências a nível global e pode se estender por até dois anos.
Diversos órgãos internacionais de meteorologia vêm divulgando a crescente possibilidade da ocorrência El Niño neste ano. Esse fenômeno acontece, quando há o aquecimento anormal das águas superficiais e sub superficiais do Oceano Pacífico Equatorial, sendo assim caracterizado com temperaturas de mais de 0,5ºC acima da média normal.
O El Niño acontece durante o período de abril-junho, atingindo sua intensidade máxima durante o período dezembro-fevereiro seguinte. Normalmente persiste por 9 a 12 meses, podendo persistir por até dois anos. Os mais intensos e impactantes episódios desse fenômeno se deram entre os anos de 1982-83 e 1997-98, sendo o último o mais intenso do século passado, desde que os registros começaram a ser feitos.
Em março, o Centro de Clima da Universidade de Columbia, nos EUA, previa 60% de chance de ocorrência. Segundo a Universidade Justus Liebig, na Alemanha, esse índice sobe para 75%. Já o Escritório de Meteorologia da Austrália calcula a chance em 70%.
O mais recente boletim, emitido no dia 10 de abril pela Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA), revelou que a probabilidade de intensificação do El Niño excede 50% para o verão durante inverno no Hemisfério Sul.
A maioria dos modelos indica que um El Niño-Oscilação Sul (ENSO) neutro, com índice entre -0,5ºC e 0,5ºC, deverá persistir na maior parte do restante da primavera de 2014 no Hemisfério Norte, prevendo o desenvolvimento de El Niño em algum momento no verão ou outono. “Apesar deste amplo consenso nos modelos, uma considerável incerteza permanece sobre se o El Niño vai se desenvolver e quão forte seria. Ela é amplificada devido à baixa capacidade intrínseca da previsão feita na primavera”, explica o professor do Departamento de Meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Luiz Francisco Maia. Ainda segundo ele, existem várias instituições no mundo que processam os prognósticos de El Niño.
Postado em 24/04/2014 às 21:58 por Helena Tallmann em Mundo. O Estado RJ (c) 2014
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