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Dez 13, 2016

Poluição causa 6 mil notificações de doenças em crianças de Natal


Pelo menos seis mil notificações de crianças com problemas respiratórios e idades entre zero e cinco anos foram feitas desde outubro de 2015 pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A poluição do ar, provocada, sobretudo, pelos veículos automotores, está entre as principais causas dessas notificações. Os bairros da Zona Oeste são os mais afetados pelo problema e, nesse cenário, ganha destaque Felipe Camarão. O último relatório, referente ao segundo quadrimestre de 2016 (maio a agosto) registrou 1.904 casos notificados em toda a cidade. Desse total, cerca de 400 notificações – ou 21% – foram exatamente de crianças moradoras de Felipe Camarão.

No início do projeto, em um relatório feito com números de outubro a dezembro de 2015, o mesmo comportamento foi notado, quando foram verificados 644 notificações em crianças de até cinco anos de idade, a faixa etária mais vulnerável a problemas respiratórios causados por poluição.
“As principais fontes [de poluição] em Natal são as fontes móveis, ou seja, veículos de maneira geral: carro, ônibus, moto. Nossa região não tem problemas ambientais com vulcões, nem grandes polos industriais na zona urbana, então esperávamos que fossem os veículos automotores”, explicou o coordenador do Programa Vigiar, Igor Miranda, projeto vinculado à SMS que faz o mapeamento a nível municipal das consequências da poluição atmosférica para a população.

Fruto de uma parceria com o Ministério da Saúde, o projeto foi criado há pouco mais de um ano. De acordo com Miranda, se a sua equipe fosse maior daria para mapear uma população mais abrangente. Atualmente o Vigiar conta com cinco unidades sentinelas, como são chamadas as unidades de saúde que recebem as notificações. Inicialmente a unidade piloto foi o antigo posto de saúde Sandra Celeste, mas quando ele foi desativado, a estrutura mudou para o Hospital Municipal de Natal.

Segundo Igor Miranda, foi nesse período, nos primeiros quatro meses de 2016, antes de o programa ser expandido para toda a cidade, que a maior incidência de crianças com doenças respiratórias ficou concentrada em Mãe Luiza, na Zona Leste, cenário que regrediu quando foram criadas novas "sentinelas". Após receber as notificações, a SMS encaminha os dados para a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), que deve promover políticas voltadas para a diminuição da poluição na cidade.

Apesar das constatações de poluição, segundo especialistas no assunto ainda não é possível determinar se a qualidade do ar natalense é excelente, boa ou ruim. Ontem, no Parque da Cidade, ocorreu o 2º Fórum de Discussão “Qualidade do ar em Natal e políticas públicas”. Pesquisadores de vários setores, público e privado, como Igor Miranda, reuniram-se para discutir o tema.

A professora do Departamento de Ciências Atmosféricas e Climáticas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) Judith Johanna Hoelzemann também esteve no encontro e disse que Natal ainda não possui estudos que determinem a condição de seu ar. “Temos resultados preliminares de estudos em pontos específicos em Natal, por isso não temos como concluir algo sobre a qualidade do ar na cidade como um todo”, avaliou a acadêmica.
Ela comentou que o departamento da UFRN fez um estudo entre março e dezembro do ano passado, na Avenida Capitão Mor Gouveia, nas imediações do Centro Tecnológico do Gás (CTGAS-ER), onde se conseguiu um resultado preliminar sobre a poluição atmosférica natalense. Contudo, frisou a pesquisadora, nada conclusivo ou que indique com certeza as causas da poluição local.
“Houve alguns dias em que as concentrações de material particulado ultrapassaram os valores estabelecidos pela OMS [Organização Mundial da Saúde]. Porém, nesse ano houve obras nessa avenida, então não podemos determinar se foi o tráfego de veículos no local. Temos que expandir esses estudos para outros bairros, outros pontos onde tenhamos a qualidade do ar inferior”, explicou.

A UFRN mediu os chamados materiais particulados finos (tecnicamente conhecidos como MP2,5), as partículas de poluição presentes no ar. O limite recomendado pela OMS é de 50 microgramas por metro cúbico.
“Esses valores foram ultrapassados durante alguns dias, mas não sabemos ainda qual é a fonte. Pode ter sido poeira, pode ter vindo das obras que estavam sendo feitas no período. Não quer dizer que tenha vindo dos veículos”, ponderou Judith Hoelzemann.

Tanto a professora da UFRN Judith Hoelzemann quanto o pesquisador do Centro Tecnológico do Gás (CTGAS-ER) Glauber Fernandes, que palestrou no 2º Fórum de Discussão “Qualidade do ar em Natal e políticas públicas”, na manhã de ontem, no Parque da Cidade, dizem que é preciso haver uma iniciativa de vários órgãos, públicos e privados, para se conseguir avançar em estudos envolvendo a qualidade do ar na capital potiguar. Isso é algo que ainda não existe na cidade.

“Tudo indica que a qualidade do ar em Natal é muito boa, mas não está subsidiado por resultados científicos sistemáticos”, ressaltou Fernandes. “Para que seja feita uma avaliação realmente representativa, precisam ser realizados estudos com intervalos maiores de monitoramente para gerarmos séries históricas maiores, e a partir desses resultados possamos avaliar a variação da qualidade do ar. Natal hoje carece de valores de referência”, disse.
“Até hoje não se desenvolveu nenhum estudo sistemático que pudesse fornecer de forma ampla um referencial da qualidade do ar para que possamos avaliar quanto varia a qualidade do ar por aqui. Não temos ainda insumos para esse tipo de conclusão. A nossa ideia é que possamos empreender um esforço conjunto de monitoramente e a partir daí entendermos como funciona essa dinâmica”, concluiu o pesquisador da CTGAS.

Glauber Fernandes comentou que Natal possui estudos pontuais de iniciativas isoladas que avaliam alguns aspectos particulares em relação à condição atmosférica local. Uma delas, por exemplo, era famosa em décadas anteriores ao afirmar que Natal possuiria o “ar mais puro das Américas”. Entretanto, não há, na visão do pesquisador, como fazer tal afirmação.

“Isso é fruto de um estudo em particular que levou em consideração algumas amostras de água de chuva, mas não foi suficiente para se avaliar a qualidade do ar da cidade como um todo, muito menos avaliar em comparação com toda a América”, analisou.
Apesar de ainda não haver conclusão quanto à verdadeira qualidade do ar que Natal possui, uma das soluções para mantê-la em um bom nível é a mobilidade urbana. Quem defende esse ponto é o superintendente da Federação das Empresas de Passageiros do Nordeste (Fetronor), Eiblyng Menegazzo, que afirma: entraria nesse ponto a melhoria do transporte coletivo de passageiros.

“É a solução”, pontua Menegazzo, ao falar sobre poluição do ar. “O transporte coletivo é o solucionador de um problema ambiental que ainda não temos, mas podemos ter em breve se não tomarmos nenhuma medida no sentido de controlar a utilização do carro”, esclarece.
Na capital potiguar e sua região metropolitana, explica o superintendente da Fetronor, a quantidade de carros é a maior do estado. Segundo um estudo da Federação, cerca de 60% da frota de veículos potiguares, pouco mais de 600 mil unidades, ficam exatamente nessa região, que representa 5,4% do território estadual. Nesse universo, são 2.611 ônibus – do transporte, de turismo e outros – na Grande Natal. “A gravidade da poluição aqui é bem maior do que para quem vive no interior”, afirmou Eiblyng Menegazzo.

Por isso, a Fetronor defende o uso do transporte coletivo. O superintendente diz que os ônibus transportam cerca de 70% das pessoas que se locomovem por algum modal de transporte motorizado, em toda a Região Metropolitana de Natal. Investir nesse tipo de locomoção pode reduzir tanto a quantidade de CO2 no ar quanto o número de veículos nas ruas. “Quando colocamos esse carregamento, temos uma entrega de poluição por passageiro muito pequena, desprezível”, defendeu.

A Fetronor faz ainda a vistoria de toda a frota potiguar pelo menos três vezes ao anos, processo que serve para confirmar em que condições estão os ônibus quanto ao consumo de combustível e emissão de gases na atmosfera. Graças a essa iniciativa, de acordo com Menegazzo, a frota deixou de emitir 6 toneladas de CO2 no ar em consequência da redução do consumo de combustível.

Fonte: http://novojornal.jor.br/cotidiano/poluicao-causa-6-mil-notificacoes-de-doencas-em-criancas-de-natal


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