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AFP
Americanos expostos a um clima quente são mais propensos a acreditar que o aquecimento global é real, enquanto aqueles que vivem em climas mais frios são mais propensos a ser céticos, disse um estudo americano na segunda-feira.
Pesquisadores analisaram condado por condado as crenças sobre as mudanças climáticas nos Estados Unidos e as compararam com a frequência de exposição dos moradores a recordes de temperaturas altas e baixas, segundo o estudo publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.
Aqueles que vivenciaram mais níveis máximos de temperaturas eram mais propensos a acreditar que a Terra estava aquecendo.
“Por outro lado, americanos que vivem em áreas que registraram recordes de baixas temperaturas, como partes do sul de Ohio e as bacias do rio Mississippi, são mais céticos de que a Terra está se aquecendo”, disse o artigo.
Muitas pessoas confundem o clima, que reflete as tendências de longo prazo ao longo de décadas, com o tempo, cujo registro se refere a horas, dias ou temporadas.
“Um dos maiores desafios para comunicar descobertas científicas sobre as mudanças climáticas é a desconexão cognitiva entre eventos locais e globais”, disse o coautor Michael Mann, professor de geografia na Universidade George Washington.
“É fácil supor que o que você vivencia em casa deve estar acontecendo em outro lugar”, acrescentou.
Nos Estados Unidos, cerca de uma em cada quatro pessoas não acredita que o aquecimento global seja real ou que o uso de combustíveis fósseis pelos seres humanos esteja contribuindo para as mudanças climáticas.
De acordo com dados da empresa de pesquisa de opinião Gallup Poll, os americanos também se dividem em relação a se os recordes as altas temperaturas da era moderna registrados em 2015 foram causados pelo aquecimento global ou por variações naturais.
“Em quem os americanos confiam sobre as mudanças climáticas, nos cientistas ou neles mesmos?”, questionou o autor principal do estudo, Robert Kaufmann, professor do departamento de geografia da Universidade de Boston.
“Para muitos americanos, a resposta parece ser eles mesmos”, acrescenta.
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