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Por Stephen J. Adler e Steve Holland e Jeff Mason
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, queixou-se na quinta-feira de que seu país está recebendo um tratamento injusto no Acordo Climático de Paris e disse à Reuters que vai anunciar uma decisão em cerca de duas semanas sobre a permanência dos EUA no pacto.
O republicano Trump, eleito em novembro, prometeu durante a campanha que iria retirar os EUA do pacto de Paris até 100 dias depois de assumir a Presidência, parte de um plano mais amplo para revogar as proteções ambientais do governo de seu antecessor, Barack Obama, que ele disse estarem prejudicando a economia.
Desde então ele afirmou estar aberto a continuar no acordo se Washington tiver termos melhores, e dezenas de grandes empresas norte-americanas e vários parlamentares de seu partido o exortaram a manter a filiação como forma de proteger os interesses industriais de seu país no exterior.
Trump, que completa 100 dias no cargo no sábado, disse à Reuters em uma entrevista que irá anunciar sua decisão "em cerca de duas semanas", mas reclamou que China, Índia, Rússia e outros países estão pagando muito pouco para ajudar nações mais pobres a combaterem a mudança climática nos termos do Fundo Clima Verde.
"Não é uma situação justa porque eles não estão pagando virtualmente nada, e nós estamos pagando quantidades enormes de dinheiro."
Instado a dar uma dica sobre sua decisão, ele respondeu: "Posso dizer isto: queremos ser tratados justamente."
Mais cedo, uma fonte do governo disse à Reuters que autoridades da gestão Trump provavelmente irão se reunir em maio para decidir se mantêm os EUA no acordo climático. Eles já fizeram uma reunião inicial na quinta-feira na Casa Branca.
O grupo de conselheiros, que inclui o secretário de Estado, Rex Tillerson, o secretário de Energia, Rick Perry, e o conselheiro de Segurança Nacional, H.R. McMaster, deve tomar uma decisão antes da cúpula do G7 em 26 de maio, segundo a fonte.
Tillerson, ex-diretor da petroleira Exxon Mobil Corp, e Perry disseram que os EUA deveriam permanecer no acordo, e McMaster compartilha essa opinião, disse uma fonte de fora do governo.
Entre os opositores do pacto estão o diretor da Agência de Proteção Ambiental, Scott Pruitt –ex-procurador-geral de Oklahoma, Estado produtor de petróleo–, e o estrategista-chefe da Casa Branca, Steve Bannon.
Fonte: http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRKBN17U21D-OBRWD
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