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Jun 8, 2017

Como as mudanças climáticas estão afetando aves e aviões


Pássaros já estão migrando mais cedo em busca de comida, e aeronaves podem vir a chacoalhar cada vez mais no céu

José Orenstein

Milhares de pássaros voando ao longe, com árvores abaixo.
MUDANÇAS CLIMÁTICAS VÊM ALTERANDO O MOMENTO EM QUE AVES MIGRAM
FOTO: TOBY MELVILLE/REUTERS

Novas pesquisas revelam um impacto particular da mudança do clima notada em anos recentes: ela afeta diretamente os voos — tanto de aves migratórias como de aviões que cruzam o oceano Atlântico. Com o aquecimento global e a antecipação da mudança de estações, os pássaros  estão fazendo suas viagens  mais cedo e chegando  aos  lugares onde se  alimentam  antes que a comida  esteja  à  disposição.
Já os aviões,  especialmente os que fazem voos transatlânticos no hemisfério norte, sofrem turbulências cada vez mais severas.

O padrão de voo das aves migratórias

Alguns estudos científicos vêm mostrando que as mudanças climáticas estão atrapalhando aves migratórias a fazer suas viagens em busca de comida no tempo certo — o que afeta sua capacidade de se alimentar e reproduzir, e poderia, como consequência, levar à redução da população de determinadas espécies.

Normalmente, as aves migratórias saem em busca de regiões mais quentes e das primaveras. Assim, por exemplo, quando é inverno no hemisfério norte, elas vão para regiões na linha do Equador e no hemisfério sul. Então, quando começa a primavera no norte, o banquete dos pássaros começa a ser montado: insetos eclodem aos milhões, em busca das folhas verdes que brotam nas árvores. São esses insetos e suas larvas que vão alimentar as aves que viajam por milhares de quilômetros para saciar sua fome.

Publicado no fim de 2016, um artigo de pesquisadores da Universidade de Cambridge e da Universidade de Edimburgo, ambas no Reino Unido, mostra que as aves migratórias estão chegando nas regiões em que se alimentam, na média, um dia antes para cada 1ºC a mais na temperatura global. Os cientistas analisaram padrões de migração de 413 espécies nos cinco continentes, recorrendo a dados dos últimos 300 anos. A pesquisa contemplou não apenas as aves que fazem longos voos intercontinentais, mas também pássaros que migram, por exemplo, entre as ilhas britânicas.

Já um estudo feito por cientistas do Museu de História Natural da Flórida, publicado em maio de 2017, analisa o padrão de migração de 48 espécies que vão toda primavera para os Estados Unidos, vindas de outras regiões da América do Norte, em busca de comida. A pesquisa, que comparou dados entre 2001 e 2012, chega a conclusão semelhante: nesse período, a temperatura subiu, a primavera começou antes, e a maioria das aves está chegando cada vez mais cedo às áreas onde se alimentam.

O problema, segundo os cientistas, é que, normalmente,  os pássaros percebem que é hora de migrar a partir das mudanças na luz, isto é, nos horários do nascer e do pôr do sol. Já os insetos — alimento dos pássaros — começam a se reproduzir de acordo com a disponibilidade de comida, ou seja, de folhas nascendo, fato que está ligado à elevação da temperatura.

Não se sabe exatamente ainda como, mas os pássaros começaram a migrar mais cedo, para chegar a tempo para o banquete da primavera e compensar esse descompasso. Assim, 39 das espécies analisadas no estudo dos cientistas da Flórida foram antecipando suas viagens. Nove espécies, porém, acabaram chegando cedo demais, às vezes até um mês antes dos brotos aparecerem nas árvores. O desafio de acertar o timing é decisivo para a sobrevivência das espécies.

“Eles têm que chegar tarde o bastante para que o clima não esteja tão frio e haja comida, mas têm que chegar cedo o bastante para que haja espaço disponível para fazer seus ninhos e se reproduzir”, diz o pesquisador Stephen Mayor para o site americano Quartz. Ele comenta ainda que esse desarranjo criado pelas mudanças climáticas pode ter impacto em todo o ecossistema, criando, por exemplo, na falta de aves, um surto de insetos, que poderiam, por sua vez, comer uma quantidade excessiva das folhas das árvores.

A turbulência nos aviões transatlânticos

Se pesquisas vêm documentando o impacto da elevação da temperatura no padrão de voo dos pássaros, um estudo publicado em 2013 na revista “Nature”, de autoria dos meteorologistas Paul Williams, da Universidade de Reading, e Manoj Joshi, da Universidade de East Anglia, já mostrava um aumento da turbulência em aviões devido ao aquecimento global.

Agora, uma nova pesquisa, desta vez assinada apenas por Williams, publicada em abril de 2017, faz projeções matemáticas que mostram que a turbulência nos aviões deve aumentar ainda mais nos próximos anos.

Williams se concentrou na rota transatlântica do norte, uma das mais carregadas do mundo, que faz a ligação dos Estados Unidos com a Europa, e nos voos de inverno, quando as turbulências são mais comuns.

Williams aponta que, com o aumento da concentração de CO2 na atmosfera, o fenômeno de “windshear” se torna mais recorrente. Trata-se de uma variação brusca nas correntes de vento verticais, que provoca turbulências, também conhecida como “tesoura de vento”. Esse fenômeno ocorre tipicamente no inverno com o céu claro, não em regiões de nuvens, e é difícil de ser previsto pelos radares dos aviões.

Assim, Williams sugere que as aeronaves que fazem a rota transatlântica no hemisfério norte vão estar sujeitas a um importante incremento nas chacoalhões em voos de cruzeiro — aumentando o risco de os passageiros se machucarem e também, possivelmente, aumentando os custos de combustível.

Com modelos matemáticos complexos, Williams mostrou que até o ano de 2050 turbulências leves devem aumentar 59%, leves para moderadas devem aumentar 75%, moderadas devem aumentar 94%, moderadas para severas devem aumentar 127% e turbulências severas devem aumentar 149%. As turbulências leves provocam pequenos balanços e podem fazer o piloto querer desviar ligeiramente da rota, para maior conforto dos passageiros, o que acarreta maior gasto de combustível. Já as turbulências severas podem arremessar tripulantes contra o teto do avião se eles não estiverem com os cintos afivelados.

Em entrevista ao jornal americano “Washington Post”, Williams explicou que turbulências severas ainda serão raras, mas vão aumentar. “E estamos particularmente interessados nisso, porque é o tipo de turbulência forte o suficiente para levar pessoas para o hospital”, disse.



Fonte: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/06/07/Como-as-mudan%C3%A7as-clim%C3%A1ticas-est%C3%A3o-afetando-aves-e-avi%C3%B5es

 



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