Por Ana Ferreira Silvestre e Natacha Nunes Costa

Stefano Boeri, o famoso arquiteto que cria arranha-céus cobertos de plantas, tem novos projectos em mente: pretende plantar mais de um milhão de plantas e árvores numa cidade da China, conhecida pela poluição do ar.

O objectivo do artista para a cidade da floresta de Liuzhou, com cerca de 1,5 milhões de moradores, é criar um abrigo ambiental onde se possa ver a tão rara cor verde.

Stefano, famoso pelo arranha-céus Bosco Verticale em Milão, pretende criar prédios, casas e hóteis que, de cima a baixo, fiquem repletos de vegetação, arbustos e plantas. O artista pretende fazer uma intervenção direccionada a trazer vida a este pequeno canto urbano poluído da China. O artista revela também planos para um projecto similar na cidade de Nanjing, no leste da China.

De facto, o arquitecto é já bastante conhecido pela sua vasta contribuição. A sua acção, em Milão, fez com que fosse produzido cerca de 60 kg de oxigénio por dia, para além de contribuir na absorção de CO2 e pó produzido pelo tráfego humano.

"Fomos convidados a projetar uma cidade inteira onde faremos 100 ou 200 edifícios de tamanhos diferentes, todos com árvores e plantas nas fachadas", revelou Boeri ao ‘The Guardian’.

"Em 2020, imaginamos já ter a primeira cidade da floresta na China", confidencia o artista.

Num país como a China, torna-se necessário criar estas "cidades florestais", que tentam combater a degradação ambiental e a poluição atmosférica.

Boeri descreveu a ideia por detrás das suas estruturas como simples, e não espetacular: "O que é espetacular é a natureza, a ideia de ter um prédio que muda de cor em cada estação".

A nova "cidade florestal" terá duas escolas e um hospital, e a população poderá deslocar-se para a principal cidade de  Liuzhou  através de um comboio elétrico de alta velocidade.

"Nós esperamos que esta ideia seja replicada em todos os lugares", afirma Boeri. "Não me importo que me imitem", conclui.

Fonte: http://www.cmjornal.pt/mundo/detalhe/cidades-florestais-vem-para-salvar-a-china-da-poluicao

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