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Dez 20, 2014

Pesquisa mostra que poluição no trânsito mata mais que acidentes no Rio


Taxa de emissão de poluentes no congestionamento é duas vezes maior do que o recomendado pela OMS.

(Jornal do Brasil. Fernanda Távora)

Os congestionamentos no Rio, que vêm aumentando vertiginosamente em função das inúmeras intervenções e obras em todos os pontos da cidade, causam muito mais mal do que apenas horas perdidas. Causam um dano real à vida. Entre 2006 e 2012, 36.194 pessoas morreram em conseqüência de doenças causadas pela poluição provocadas pelo trânsito no Rio, segundo pesquisa de Instituto Saúde e Sustentabilidade (ISS), ligado a Universidade de São Paulo (USP). Este número fica ainda mais alarmante quando comparado com o número de mortes provocadas por acidentes de trânsito entre 2006 e 2011: de acordo com dados do Mapa da Violência de 2013, foram 16.441 no estado. Menos da metade das mortes pela poluição.

Outros dados são ainda mais preocupantes. Os pesquisadores estimaram que, em média, 14 pessoas morreram no Rio por dia, por causa da poluição, baseados nos dados de seis anos de estudo. Além disso, a pesquisa calcula que os óbitos por causa da poluição podem ultrapassar os registros de morte por Aids, câncer de mama e de próstata no estado, mesmo que as emissões de poluentes diminuam durante os anos.

Os dados assustam, mas mostram a realidade de quem mora no Rio de Janeiro e os perigos para quem fica exposto à poluição diariamente. Ainda, segundo os dados da pesquisa do ISS, 77% da poluição no Rio de Janeiro é resultante da emissão dos carros.

Segundo Evangelina Motta Pacheco, pesquisadora e diretora do ISS e realizadora do estudo, os parâmetros de medição de poluição do estado estão defasados. Por isso, a pesquisa usou os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), que chegam a ser três vezes mais rígidos que os da legislação brasileira. Baseados nesses dados, a pesquisa mostrou que no estado do Rio de Janeiro a taxa de poluentes chega a ser duas vezes maior do que o que é determinado pela OMS.

“Existem cidades no estado em que a taxa chega a ser três vezes maior, mas isso é apenas a média por ano. Durante a pesquisa, quando vimos a relação das emissões por dia, elas chegaram a ser de seis até dez vezes maior do que é considerado para se ter um efeito mínimo na saúde”, alerta a pesquisadora.

O caso se agrava mais ainda nos momentos de pico no trânsito do Rio de Janeiro. O trânsito do Rio de Janeiro já chegou a ser classificado como o 3º pior do mundo, em 2012 e a situação não parece ter melhorado ao longo dos anos. Em 2013, um estudo indicou que o tempo que o carioca passa no engarrafamento superou o tempo de congestionamentos em São Paulo.

Mas a poluição afeta não só quem está preso no trânsito do Rio de Janeiro, mas também quem está na região do engarrafamento. Em áreas como a Lagoa Rodrigo de Freitas ou no entorno do Maracanã, a prática de esportes é constante e, dependendo do horário, pode ser perigosa. Como explica a pneumologista e pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública, Patricia Canto: “O ideal é sempre que a pessoa evite fazer exercícios em horários de pico de trânsito. O Maracanã, por exemplo, é uma região que quase não tem árvores, não tem muita passagem de ar por conta dos prédios”.

Segundo a pneumologista, nesses casos de maior exposição o individuo tem mais chances de adoecimento com complicações. “Nesse caso não só os indivíduos que já tem problema e que tem mais chance de adoecimento, mas vários estudos mostraram que aumentam as chances de infarto em pessoas que teoricamente são sadias, que não tem alterações prévias de saúde”.

Walter Araújo Zin, professor do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da UFRJ e chefe do Laboratório de Fisiologia da Respiração, explica que a poluição emitida por carros contém, entre outras coisas, metais pesados e hidrocarbonetos aromatizados, elementos considerados cancerígenos para o organismo humano. “O petróleo é uma sopa de compostos orgânicos que são processados e saem no escapamento do carro. Então, estamos sempre expostos a essa confusão de metais pesados. Vamos inalando isso diariamente. O sujeito que anda no ônibus comum não tem escapatória. Ele inala isso durante todo o trajeto da viagem.”

Segundo Evangelina, o grupo mais afetados são as crianças abaixo dos 5 anos de idade e idosos, acima dos 60. As principais doenças são as respiratória e as cardiovasculares, enfarto, e enfartos cerebrais isquêmico e hemorrágico, em adultos acima dos 40 anos. De acordo com os dados da pesquisa, o gasto da saúde pública com internações em conseqüência das doenças relacionadas à poluição chega a R$ 82 milhões por ano.

Dados subestimados

Segundo Evangelina, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) não tem estações de medição de poluição suficientes e por isso se apóia em dados gerados por empresas e indústrias. A pesquisadora aponta isso como um dos fatores que contribui para que a conclusão da pesquisa sobre a poluição no estado do Rio gerasse dados subestimados.

Além disso, quando a pesquisa foi iniciada em 2006, nem todas as cidades tinham estações de medição monitoradas pelo Inea. Uma delas, a cidade de Macuco, só ganhou uma estação em 2012, último ano da pesquisa.

Outro fator é o uso de estações privadas, que obedecem outros critérios de avaliação. Segundo Evangelina,os municípios do Rio de Janeiro são os únicos que usam dados de estações privadas para o monitoramento público, o que não é adequado. "O mais grave na minha opinião é o Inea. Ele não informa os dados atualizados. É preciso acessar os dados dessas estações privadas para fazer o monitoramento das condições do ar da cidade”, explica Evangelina.

Apenas os dados referentes à poluição com o material particulado, uma poeira bem fina resultante do escapamento dos carros e que contribui para o agravamento de doenças respiratória e cardíacas, foram computados. Outros elementos poluidores não foram considerados na pesquisa.

Fonte: http://www.jb.com.br/rio/noticias/2014/12/20/pesquisa-mostra-que-poluicao-no-transito-mata-mais-que-acidentes-no-rio/



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