Desde fevereiro, a cidade registrou uma quantidade de chuva 60% abaixo do que é a média histórica na cidade. Em março o quadro ficou parecido e ainda registrou um calor maior do que de costume. No entanto, o quadro de pouca precipitação começou já no fim de 2017, que registrou a menor quantidade de chuva desde a primavera que antecedeu a crise hídrica de 2014. Na época o G1 ouviu um especialista sobre o assunto.

O posto de medição do PCJ apontou que em abril de 2018 a cidade registrou 45 milímetros de chuva. A média histórica para o mês é de 79,9 milímetros, ou seja, choveu 56,3% do que é esperado para o mês. Com isso, a vazão e o nível do Rio Piracicaba ficaram bem abaixo do que é costume nessa época do ano. Atualmente, o nível está em 1,13 metros e vazão de 25,2 mil litros por segundo. O nível histórico é de 1,94 metro e vazão de 111,17 mil litros para a época.

O professor e pesquisador do Departamento de Engenharia de Biossistemas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), Felipe Gustavo Pilau, explicou que um fenômeno de resfriamento do oceano pode ter influenciado na quantidade de chuva. "Quando a temperatura do oceano fica a partir de 0,5ºC abaixo do normal é chamado de La Niña", disse. Esse fenômeno influencia na quantidade de chuva e a temperatura principalmente no sul do país, mas pode afetar também o sudeste.